o meu coração é mais agarrado que um viciado a droga. e faz questão de fazer sentir tudo na pele... (apetece me arranca lo e faze lo adorar tudo quanto me faz observar)
bloquear. mas o coração não deixa. vive para sentir... é estúpido, é masoquista. porque o sentir magoa, porque depois desse efémero momento de felicidade vem a dor que nos corrói por dentro. e é egoísta, porque continua a sentir, continua a bater... o coração só ouve a sua própria batida.
Vítima de uma doença chamada lúcidez, passo noites acordada e penso sobre a falta de significado da vida. Consciente de que tudo é uma farça, de que a vida não passa de uma peça de teatro onde não há ensaio prévio, limito-me a representar o meu papel da melhor maneira que sei. Tenho consciência de que sou uma má actriz. Declino valores morais e conceitos pré-estabelecidos. Odeio dogmas. Satânica e anarquista, defendo o que muitos consideram ridículo. Também a vida é ridicula, e no entanto é um instinto básico do ser humano lutar pela sobrevivência. Então vocês são ridículos. Todos somos ridículos. Sou mais uma num universo que não passa de um imenso campo de concentração de péssimos actores, que representam a comédia da vida. A diferença é que sofro desta rara doença. Esta doença que me consome os dias e as noites e todas as horas da vida. Doença que tem o papel principal na peça teatral que represento. Sou lúcida, e esse detalhe põe tudo a perder.
o meu coração é mais agarrado que um viciado a droga.
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ResponderEliminarmas o coração não deixa.
vive para sentir... é estúpido, é masoquista.
porque o sentir magoa, porque depois desse efémero momento de felicidade vem a dor que nos corrói por dentro. e é egoísta, porque continua a sentir, continua a bater...
o coração só ouve a sua própria batida.